Confira, neste texto, como exportar mercadorias e internacionalizar o seu negócio.
Está pensando em internacionalizar o seu negócio, mas não sabe como exportar mercadorias?
Neste texto, apresentamos dicas para que você possa ingressar no comércio exterior.
Tenha em mente que a exportação de mercadorias envolve diversas etapas e muita burocracia. Por isso, é importante que você tenha o apoio de um despachante aduaneiro que possa conduzir esse processo.
Siga com a leitura e saiba mais sobre o assunto!
De forma geral, qualquer empresa, independente do porte e do segmento, pode exportar mercadorias para o exterior, desde que cumpra os requisitos legais.
Se a sua empresa não estiver regularizada, não será possível exportar.
Ou seja, ela precisa funcionar dentro dos parâmetros da legislação para a atividade que desempenha, com o regime tributário adequado e regularidade tributária e fiscal.
Pessoas físicas ou jurídicas que desejam exportar devem primeiramente estar habilitadas no Ambiente de Registro e Rastreamento de Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (Radar) e ter cadastrados seus representantes legais junto ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Além disso, a empresa também deve estar cadastrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e possuir o Registro de Habilitação no Ambiente de Registro e Rastreamento de Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (Radar).
Listamos abaixo os principais documentos requisitados para a exportação de mercadorias. Confira:
Esse documento confirma a negociação com o importador.
Ele é importante porque registra a solicitação para que o importador prepare as mercadorias a serem exportadas.
Emitida pelo exportador, a fatura comercial transfere a mercadoria para o comprador.
Ela equivale à Nota Fiscal no país que está importando, sendo indispensável para que o importador estrangeiro consiga a liberação e o desembaraço das mercadorias.
Por ser um documento internacional, a fatura deve ser emitida no idioma do país importador ou em inglês.
O romaneio deve ser emitido pelo exportador e especificar todas as mercadorias embarcadas ou todos os volumes que fazem parte de uma carga fracionada.
O objetivo do documento é detalhar a forma com que a mercadoria será apresentada, para facilitar sua conferência na fiscalização e facilitar a localização dos itens no lote.
Esse documento é emitido pela companhia transportadora e serve para comprovar o recebimento da carga, as condições adequadas de transporte e a posse das mercadorias.
Trata-se de um contrato de entrega, que registra a obrigação da transportadora de entregar os itens no país do comprador ou direto ao destinatário, de acordo com o Incoterm negociado.
O contrato de câmbio tem como função registrar as condições da operação de câmbio, que são estabelecidas em conjunto pelo exportador e importador estrangeiro.
A ordem de pagamento é emitida pelo banco negociador de câmbio do importador diretamente ao banco negociador do exportador.
A nota fiscal é o principal documento da exportação no Brasil. Nela, devem ser apresentadas todas as informações relacionadas à natureza da exportação, mercadoria, valores da mercadoria, frete e seguro.
Ela acompanha as mercadorias por todo o trajeto que percorre: desde o momento em que elas saem da exportadora até o momento em que são liberadas pela Receita Federal.
As exportações de mercadorias podem ser feitas direta ou indiretamente.
Conheça as duas modalidades:
Nessa modalidade, a exportação é feita sem intermediários ao longo da operação.
Ou seja, é a própria exportadora, fabricante do produto, que encaminha o processo e realiza a venda.
Justamente por isso, a exportadora não fica suscetível a erros de empresas terceirizadas, o que garante mais segurança nos prazos.
E, como a empresa não precisa pagar por intermediários, em longo prazo, a exportação direta mostra-se mais vantajosa financeiramente.
Em contrapartida, também é preciso investir em recursos humanos, pois contar com um especialista é imprescindível para realizar o processo conforme os parâmetros legais.
Além disso, nesse caso, a empresa deve ter um planejamento logístico eficiente e uma estratégia de internacionalização.
Já a exportação indireta ocorre por intermédio de outras empresas, que compram os produtos e ficam responsáveis por vendê-los no exterior.
Intermediárias incluem empresas como trading companies, profissionais especializados, consórcios de exportadores e empresas comerciais que atuam como exportadoras.
Uma das vantagens é que, como existe esse intermédio, a própria empresa não precisa investir em know-how para realizar o processo.
A modalidade é ideal para empresas que não querem lidar com burocracia, tributação e todos os detalhes legais da exportação de produtos.
A exportação de mercadorias é complexa.
Por isso, elencamos abaixo sete dicas para você melhorar esse processo. Confira:
Antes de exportar produtos, é essencial que a sua empresa tenha um planejamento estratégico.
Isso inclui definir as mercadorias que serão vendidas e fazer um estudo a respeito do país no qual você deseja ingressar.
Lembre-se também de avaliar a concorrência e o mercado, pois, sem isso, é praticamente impossível ganhar vantagem competitiva.
Saber negociar com o importador faz parte do planejamento estratégico.
É durante a negociação que são definidas as obrigações de cada parte, principalmente em relação aos custos do transporte das mercadorias.
Para isso, é importante ter uma comunicação efetiva, analisar as taxas de câmbio, aspectos tributários e legais e conhecer a legislação internacional.
A exportação de mercadorias envolve diferentes custos, como frete, taxa de câmbio, transporte.
Por isso, ter um planejamento financeiro é necessário para não comprometer o processo, ajudando a empresa a organizar o orçamento e ter uma reserva financeira para imprevistos.
Incoterms são os Termos Internacionais de Comércio que definem as relações de compra e venda das mercadorias entre o exportador e o importador.
Ou seja, direitos e obrigações de cada parte são definidos por meio de Incoterms, que estabelecem regras padronizadas internacionalmente.
Por isso, na hora de negociar com o importador, ter conhecimento desses termos é fundamental.
É claro que a qualidade do seu produto é essencial para que sua empresa ganhe competitividade no mercado, principalmente se você deseja vender no exterior.
Lembre-se: o mercado internacional é muito competitivo e, portanto, você precisa ter um diferencial, não apenas de custo, mas de qualidade.
Conhecer a legislação é fundamental para realizar qualquer operação de comércio exterior.
Sem esse conhecimento, a empresa fica suscetível a erros na documentação e até mesmo a descumprimentos relativos às obrigações legais.
O resultado, além de não conseguir exportar, é ter que pagar multas.
Se você não tem na empresa um especialista em comércio exterior ou despachante aduaneiro, então, o ideal é recorrer a um intermediário.
O estudo de mercado tem papel central no planejamento estratégico para exportar produtos.
Identifique oportunidades, analise o mercado do país no qual você deseja ingressar, busque compreender as diretrizes do comércio exterior.
Isso é imprescindível para que você defina parceiros e saiba negociar com o importador na hora de vender a mercadoria.
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